El Comandante!
Eu, um confesso admirador de ‘’El Comandante’’ não podia deixar de fazer menção a este facto.
A Fotografia desfocada de Korda – Che com a estrela de comandante encimada na boina – deu corpo ao maior dos símbolos das gerações dos anos sessenta, setenta e posteriores. Tornou-se num ícone santificado do incontrolável e incontido lirismo de um dos últimos grandes aventureiros do século XX. Da guerra do Vietname – ou do protesto contra esta – ao Maio de 68, das independências africanas aos Rage Against the Machine ou aos Up Bustle & Out e a T-Shirt ao alcance de qualquer um, Che entregou-se em morte como o havia feito em vida.
Ao contrário de outros ícones da nossa vida actual, Che não morreu, foi preciso mata-lo. Mas não o devemos chorar como mártir, porque não foi, queria viver e só venceriam se vivesse. Não o devemos lamentar como governante, embora o tenha sido, porque o poder estava mais além e era preciso disputá-lo nas selvas e nas cidades de todos os continentes, nem se lembrem dele como um revolucionário traído, mesmo que realmente o tenha sido.
Em nome da dignidade e se uma estrela alguma vez perfurar a miséria das nossas vidas podemos ter a certeza que se lembrará de Che…
Hasta Siempre Comandante!
Au Revoir
Etiquetas: Opinião