Porque o Samouco não é só, o Largo e a praia com Lisboa ali do outro lado, decidimos agir e isso significa reflectir sobre... o resto aparece "per si", ou então não...

terça-feira, fevereiro 27, 2007

El Comandante!

Ontem, Domingo 25, na RTP1 passou o filme “DIÁRIOS DE CHE GUEVARA” baseado nos livros escritos por Che Guevara e pelo seu amigo Alberto Granado a partir da viagem feita por eles em 1952, com o objectivo de percorrer 8.000 quilómetros através da América latina numa velha moto Norton 500, de 1939, apelidada carinhosamente por eles de La Poderosa. Granado, um bioquímico que queria comemorar os seus 30 anos na estrada e Ernesto Guevara Lynch de la Serna, um jovem de classe média alta prestes a terminar o seu curso de medicina. Um jovem que mais tarde ficou conhecido como ‘’el comandante Che Guevara’’.
Eu, um confesso admirador de ‘’El Comandante’’ não podia deixar de fazer menção a este facto.
A Fotografia desfocada de Korda – Che com a estrela de comandante encimada na boina – deu corpo ao maior dos símbolos das gerações dos anos sessenta, setenta e posteriores. Tornou-se num ícone santificado do incontrolável e incontido lirismo de um dos últimos grandes aventureiros do século XX. Da guerra do Vietname – ou do protesto contra esta – ao Maio de 68, das independências africanas aos Rage Against the Machine ou aos Up Bustle & Out e a T-Shirt ao alcance de qualquer um, Che entregou-se em morte como o havia feito em vida.
Ao contrário de outros ícones da nossa vida actual, Che não morreu, foi preciso mata-lo. Mas não o devemos chorar como mártir, porque não foi, queria viver e só venceriam se vivesse. Não o devemos lamentar como governante, embora o tenha sido, porque o poder estava mais além e era preciso disputá-lo nas selvas e nas cidades de todos os continentes, nem se lembrem dele como um revolucionário traído, mesmo que realmente o tenha sido.
Em nome da dignidade e se uma estrela alguma vez perfurar a miséria das nossas vidas podemos ter a certeza que se lembrará de Che…
Hasta Siempre Comandante!
Au Revoir

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